28/11/2011

Três olhares e uma propaganda

Eu, Misto-X, (diretor, criador, gerente, idealizador e administrador deste blog), peguei um fato/assunto relativamente polêmico e quente para ser apreciado rapidamente por nossos colaboradores.
A questão de hoje é a propaganda de lingerie estrelada por Gisele Bündchen, que gerou alguns protestos pelo conteúdo e forma usados na publicidade.

Segue as propagandas e as rápidas interpretações dos nossos colaboradores.








Dr. Importuno:
Não creio que essas pernas magrelas e essa silhueta fina de Gisele Bündchen sejam exatamente o que os homens brasileiros desejam de uma mulher, de modos que não sei o motivo de tanto estardalhaço por parte das outras mulheres. De qualquer maneira, ela possui um belo par de “air-bags”.
Restam algumas perguntas: que mulher não quer ser também o grande objeto de desejo sexual de seu “amor”? Ou você, mulher, prefere que o objeto de desejo sexual de seu “amor” seja sua vizinha? Que mulher que nunca usou de joguinhos sensuais para conquistar algo de seu “amor”?
Portanto, considero hipocrisia ou falta de confiança por parte das mulheres reclamantes.
A Gisele não sendo um modelo ideal do corpo que o homem brasileiro deseja ainda ajuda a expor a sem razão das reclamações.
***
Carlos Marxnífico
Temos na propaganda o exemplo máximo do controle que o capitalismo tenta exercer em relação às pessoas. Essa empresa burguesa pega um grande atrativo natural, o fetiche sexual, e o subverte em fetiche comercial, fetiche de produto. É um exemplo máximo da alienação que o capitalismo almeja e necessita. É também uma desvirtuação da mulher, uma visão machista e opressora daquilo que a mulher deve ser, um mero objeto de compra, de consumo.
Nós marxistas somos contrários a tal visão e pretendemos libertar a sociedade desse mal.
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Fróid Kinsei Suplincí
O jogo é claro, é sensual, o poder que a sensualidade pode conferir a qualquer ser humano. As medidas corpo não são importantes; importa o desejo que um corpo seminu pode oferecer.
O desejo carnal é controlador, pois natural. Usando dele podemos conseguir as mais variadas coisas.
Assim, não importa se a propaganda fosse estrelada pela Gisele ou pela Preta Gil, bastasse que fossem explorados outros ângulos, pois há sempre ao menos um ângulo que causa desejo, furor sexual naquele vê.
Hoje em dia praticamente não há mais tabus sexuais. Dessa forma o que importa é o prazer sexual pessoal, que pode ser atingido, dependendo da necessidade (que muitas vezes são as mais básicas), através de uma pessoa cujas curvas corpóreas não estejam dentro do considerado padrão ideal.
Entendo que muito mais que oferecer uma lingerie que transforma alguém em sensualmente poderoso, a propaganda oferece (ou nos lembra) o prazer de ter uma pessoa para sua satisfação sexual, uma pessoa que sabe cativar, incitar você a desejá-la.
Esse é o jogo natural e, sob tal ponto de vista, a propaganda é perfeita.

 
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